RIO - Aos sete anos, o estudante Henrique Wener Castelo Branco,  de 17, teve sua primeira experiência com o método de estudo japonês Kumon, criado há 50 anos pelo professor de matemática, Tru Kumom. A iniciativa foi da mãe, que queria aprimorar o raciocínio do filho. A metodologia de ensino aplicada no Kumon ajudou Henrique a passar como treineiro para o curso de engenharia eletrônica e computação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) para engenharia mecânica.

Este ano, Henrique pretende prestar vestibular para engenharia de controle e automação na UFRJ. Sua única certeza é só os mais preparados irão passar, e, com um conteúdo extenso para estudar, o aluno aproveita o que aprendeu com o Kumon para se preparar para a prova.

- O método possibilitou que eu fizesse o vestibular, como treineiro, absolutamente seguro quanto ao meu desempenho. Aprendemos a ter rapidez em cálculos, a resolver as questões de diferentes maneiras e a terminar as provas antes do tempo, podendo revisar cada questão. Foram fatores que definiram não apenas a aprovação, sobretudo a minha boa classificação - comenta o vestibulando, que quer repetir o feito esse ano.

Assim com Henrique, outros alunos utilizam o  Kumon como alternativa para os estudos. A explicação, segundo eles, é que o método é uma solução eficaz e barata, que permite que o aluno estude diariamente e ganhe mais confiança na hora das provas do vestibular. 

- O método se mostrou bastante eficaz no meu caso. Estou estudando para o vestibular refazendo as provas anteriores. Não tenho dificuldade em resolver quase todo o conteúdo exigido nas provas. Eles são os mesmos que faço diariamente no bloco de exercícios do Kumon. Pretendo presta vestibular para a UFRJ e PUC para os cursos de engenharia elétrica ou mecânica, e me sinto preparada e confiante para o exame  - diz Gabriella Morito, 16 anos, acrescentando que o método também ajudou a melhorar a sua concentração, disciplina e organização.

O estudante José Paulo de Almeida Dinis,16 anos, pretende concorrer a uma vaga para o curso de engenharia da computação no Instituto Militar de Engenharia (IME) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), dois dos vestibulares mais concorridos do pais. Para isso ele pretende usar todo o aprendizado adquirido em dez anos de Kumon.

- Estou preparado e sei que vou passar. Aprimorei meu raciocínio e aprendi a ter determinação - conta o estudante. 

De acordo com a orientadora Maria Alzira de Almeida Diniz, da unidade do Kumon do condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca, o  Kumon não só prepara o aluno para o vestibular, mas sim para a vida de uma forma geral.

- O Kumon baseia-se na repetição contínua como forma de fixação, originando assim o aprendizado. Ele prepara o aluno para a vida. O método é elaborado para desenvolver o raciocínio e a concentração. Com isso o estudante, terá maior facilidade e rapidez para resolver os exercícios propostos, diminuindo a insegurança e a ansiedade com relação à prova do vestibular - enumera Alzira.

Para Francisco Soares, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Kumon é um bom método de estudo, desde que seja associado a outros.

- Acho que o estudo pelo método Kumon é bastante válido, desde que usado apenas como reforço escolar. O Kumon cumpre com sua proposta de ensino a que se propõe - diz o professor.