Gazeta do Povo - On line - pg. - 16/6 | |||
Cotas |
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Cotas 1 Considero que o governo criou o racismo oficial no país com o sistema de cotas. A história nos ensina que os interessados no poder totalitário, de alguma forma, criam a desavença nas classes sociais. Raul Gapski, Curitiba – PR Cotas 2 Interessantes as duas opiniões defendidas pelos articulistas sobre a questão das cotas nas universidades (10/6), mas creio que nenhum dos dois artigos toca o ponto mais importante: a falta crônica de investimentos em educação no Brasil e o esvaziamento das universidades como espaço formador de profissionais diferenciados em pesquisa e debates avançados. As cotas raciais e sociais não são as responsáveis pelo declínio das universidades públicas, mas estão abrindo uma janela para a entrada numa universidade decadente, onde a má qualidade do ensino básico e fundamental (mesmo o privado) nivela por baixo os candidatos. A UERJ, a primeira a adotar as cotas raciais, está em processo de franca decadência, acelerada pela falta de recursos e administrações equivocadas. A entrada nas universidades tem que ser fundamentada em critérios acadêmicos, e, se desejamos que o acesso a ela seja o mais democrático possível, é necessário que se invista na melhoria da educação básica. Isso é tarefa cujos frutos serão colhidos a longo prazo. O Brasil resiste de forma cruel e injustificável a esta demanda. Estamos mais uma vez perdendo o bonde da história e retardando nossa entrada no primeiro mundo. Roberto Fonseca da Rocha, médico, Lapa – PR |
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