A reunião da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) com os líderes partidários da Câmara, que seria realizada na última quinta-feira, dia 5, foi adiada novamente. O motivo dessa vez foi o cancelamento da sessão em Brasília. O próximo encontro ainda não tem data marcada.

O assunto que seria tratado é relacionado à votação do projeto de cotas nas instituições de ensino superior, técnico e tecnológico para alunos oriundos de escola pública. Ismael Cardoso e Lúcia Stumpf, presidentes da Ubes e UNE, respectivamente, iriam conversar com os parlamentares para tentar convencê-los a colocar a votação do projeto de lei em pauta.

A última vez que o Congresso se reuniu com defensores do sistema de cotas foi no final de maio, no dia 28. No encontro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, respondeu a questões presentes entre alguns líderes partidários e conseguiu com que colocassem a votação em pauta dentro de quinze dias. Mas por enquanto, o projeto segue parado.

Mesmo o projeto de lei ainda não tendo sido aprovado, diversas universidades, espalhadas pelo Brasil, já possuem o sistema de cotas para alunos de rede pública, negros e pardos e deficientes físicos, como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A reserva de vagas está prevista em substitutivo da Comissão de Educação e Cultura ao Projeto de Lei 73/99, da deputada Nice Lobão (DEM-MA), e em outras seis propostas que tramitam conjuntamente. O cálculo do número de vagas, pelo texto aprovado, será feito de acordo com a população de cada estado. O projeto foi apresentado pela primeira vez em 1999 e permaneceu arquivado desde 2006.