Folha Dirigida  -  Educação  -  pg. 10  -   21/8
Universidades estaduais terão nova cota a partir deste ano

A partir deste ano, a procura pelo sistema de cotas nas universidades estaduais do Rio de Janeiro - Uerj e Uenf - deve aumentar. Uma lei de autoria do deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), e sancionada pelo governador Sérgio Cabral no mês passado, determina que filhos de policiais, bombeiros e agentes penitenciários mortos em serviço sejam inlcuídos no percentual de 5% de vagas reservadas para portadores de dificiência. Ambas as instituições já reservam 20% das vagas para aqueles que estudaram os ensinos fundamental e médio na rede estadual e outros 20% para os negros.

A lei estabelece que, para terem o benefício, os interessados terão que apresentar a certidão de óbito do pai juntamente com a decisão administrativa que reconheceu a morte em serviço. A nova determinação já está valendo para os inscritos no atual vestibular da Uerj, instituição que atualmente possui nove mil cotistas.

O reitor da Uerj, Nival Nunes, já declarou que ao invés das novas cotas, o ideal seria fortalecer o ensino básico. Ele ainda afirmou que a maior ação afirmativa seria ajudar a Uerj para que ela sobreviva, já que o orçamento atual está aquém do potencial da universidade.

Além dessa alteração, o sitema de cotas utilizado pelas universidades pode sofrer outras mudanças em breve. O deputado estadual José Camilo Zito (PSDB) é autor de um projeto de lei que prevê a reserva de 30% das vagas, ao invés de 20%, nas instituições de ensino superior estaduais para os oriundos da rede pública. O projeto deverá ser votado ainda este ano, e determina que a seleção dos candidatos terá que ser feita pelo vestibular e o aluno terá que anexar cópia autenticada do histórico escolar à ficha de inscrição.


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