O Dia - Geral - pg. 05 - 14/8 | |||
Superação pelas cotas Madalena Romeo |
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Médias de alunos da reserva são melhores que de não-cotistas Números da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) acabam com dois mitos que os opositores da política costumam usar como argumento: a evasão de cotistas e a diferença de desempenho nos cursos. Embora a nota média no vestibular dos cotistas seja maior em apenas três dos 13 cursos, eles obtêm melhor média na faculdade em oito cursos, enquanto os não-cotistas, em apenas cinco. A pesquisa da Uenf também indica que a evasão dos não-cotistas (18,8%) é maior do que a dos beneficiados pelas cotas (17,54%). Foram analisados os 4 primeiros semestres das primeiras turmas com sistema de reserva de vagas, em 2003 e 2004. “Os cotistas mostram capacidade de superar desafios”, defende Raquel Villardi, professora e ex-sub-reitora de Graduação da Uerj. Abandono é o maior problema O maior desafio hoje do sistema de cotas ainda é a permanência dos alunos na universidade. “Não há como um jovem de família com renda mensal de R$ 700 comprar um atlas de Anatomia por R$ 1.800. É preciso investir nos estudantes, com bolsas de estudo, e nas universidades para que, por exemplo, se tenha condições de oferecer um livro caro na biblioteca”, ressalta Raquel Villardi, da Uerj. Mês passado, o conselho deliberativo de três universidades federais no sul do País aprovou a política de reserva de vagas em seus vestibulares. Enquanto isso, o projeto de lei sobre cotas está parado no Congresso Nacional há quase um ano. |
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