O Dia  -  Geral  -  pg. 16  -   19/7
Cota para filho de bombeiro e policial mortos

Para ter acesso à faculdade, aluno terá de provar que pai morreu em serviço

Filhos de policiais militares e civis, de bombeiros e de agentes penitenciários mortos em serviço ou aposentados por invalidez serão beneficiados pelo sistema de cotas das universidades públicas do estado. Agora, os órfãos disputarão com integrantes de minorias étnicas e portadores de deficiência física os 5% das vagas.

A Lei 5.074, aditiva à Lei 4.151, do deputado Álvaro Lins, que instituiu o sistema de cotas, foi sancionada ontem pelo governador Sérgio Cabral e aguarda regulamentação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária (SindSeap), Francisco Rodrigues, o beneficio também foi estendido à categoria a pedido do sindicato.

Ao mesmo tempo em que aplaudem a iniciativa, os agentes revelam preocupação com aplicação da lei. "Cerca de 58 agentes morrem anualmente e, na maioria dos casos, fica dificil provar que foi morto em conseqüência do trabalho. Muitos companheiros são mortos em emboscadas e os crimes ficam sem solução", revela Francisco Rodrigues.

Para tentar resolver o problema, a Secretaria de Governo e o Gabinete Civil decidiram formar comissão, composta por representantes dos policiais, governo e da sociedade civil, que terá a responsabilidade de analisar casos e estabelecer critérios para a concessão.


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