Ao ler as estatísticas a respeito do Enem e do Saeb, não temos dúvidas que estamos entregando nosso país à comunidade mundial sem qualquer capacidade de reação! Enquanto a qualidade da educação no Brasil não for caso de segurança nacional continuaremos no processo desenfreado de destruição acelerada do país sob o aspecto moral, intelectual, perda de auto-estima, aumento incontido da violência sob todos os aspectos, e continuaremos a ter como única instituição a corrupção. Hoje temos o colonialismo de brasileiros com brasileiros!
ITALO CRUZ
(por e-mail, 8/2), Rio


Sobre as cotas na Uerj, não posso me conformar em ter que pagar ensino fundamental e médio caro para meu filho, porque o ensino público está falido, e quando chega a universidade nós, pais que pagamos com grande esforço por esse ensino que deveria ser de qualidade e grátis, temos que ver grande parte das vagas serem destinadas a cumprir um compromisso do governo, que não faz sua parte — dar ensino de qualidade a todos. Nessa hora, ele lança mão de parte das poucas vagas existentes para tentar resolver um problema que é exclusivamente seu. Sou solidária aos pais de alunos que, embora com média altíssima, não conseguiram vaga em universidade pública, onde o único critério de seleção deveria ser o conhecimento.
ITELMA MESQUITA
(via Globo Online, 8/2), Rio

Muitas coisas precisam ser corrigidas no ensino, desde o maternal até o ensino superior. O maior problema não está na metodologia, na carga horária ou nas instalações da escola, mas sim nas pessoas que deveriam ensinar e nas que deveriam aprender. A crise de valores é muito acentuada e edificar sobre uma base sem consistência é uma tarefa quase impossível. Por exemplo, muitas faculdades particulares se especializaram em iludir aluno para ganhar dinheiro à custa de seu sonho de ter um diploma superior. E se depois de formado o egresso não consegue emprego e tenta dividir seu desapontamento com a instituição que freqüentou só falta ouvir: “Filho, continue não desistindo de seu sonho, vê se o encontra na próxima padaria.”
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA
(por e-mail, 8/2), São Paulo, SP